Quando alguém falece, seus bens e dívidas não simplesmente desaparecem. Eles precisam ser organizados e divididos entre os herdeiros, e é aí que entra o processo de inventário. Esse processo pode ser feito de duas formas: judicial ou extrajudicial. Cada um tem suas particularidades e envolve diferentes despesas que precisam ser compreendidas para garantir que tudo ocorra da melhor maneira possível. Vamos explorar essas despesas e entender o que envolve o processo de inventário.
Antes de mergulharmos nos detalhes das despesas, é importante entender o que é o inventário. O inventário é o processo legal de listar e dividir os bens de uma pessoa que faleceu entre seus herdeiros. Pode incluir dinheiro, imóveis, carros, joias e até dívidas. Existem duas maneiras de fazer isso: judicialmente, através de um processo na justiça, ou extrajudicialmente, por meio de um cartório.
Independentemente de o inventário ser judicial ou extrajudicial, a presença de um advogado é obrigatória. Os honorários advocatícios, ou seja, o valor pago ao advogado, podem variar bastante. Normalmente, eles são calculados com base no valor total do patrimônio que será dividido. Esses honorários são negociados entre os herdeiros e o advogado, mas sempre seguindo as diretrizes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). É importante lembrar que, quanto mais complexo for o inventário, maior pode ser o custo dos honorários.
No caso do inventário judicial, há custos processuais que precisam ser pagos ao tribunal. Esses custos variam de acordo com a jurisdição, ou seja, o local onde o processo está sendo realizado. Geralmente, eles são calculados com base no valor total do patrimônio. Por exemplo, se a pessoa falecida possuía muitos bens de alto valor, as custas processuais serão maiores. Já no inventário extrajudicial, não há custas processuais, mas há emolumentos cartorários, que são taxas pagas ao cartório para realizar a escritura de inventário, também baseadas no valor do patrimônio deixado pelo falecido.
Tanto no inventário judicial quanto no extrajudicial, os emolumentos cartorários são uma despesa importante. No inventário judicial, esses custos estão relacionados ao registro da transferência de propriedade dos bens no cartório de registro de imóveis. No extrajudicial, além do registro de imóveis, há também a taxa para a lavratura da escritura de inventário no tabelionato de notas. Esses emolumentos variam de acordo com o estado e o valor dos bens.
Durante o processo de inventário, será necessário obter diversas certidões negativas. Estas certidões são documentos que comprovam que o falecido não possui dívidas pendentes. Por exemplo, a certidão negativa de débitos tributários mostra que não há impostos em atraso. Outras certidões podem incluir certidões de propriedade de imóveis. Cada certidão tem um custo, e esses valores podem somar uma quantia significativa.
Em alguns casos, especialmente no inventário judicial, pode ser necessário realizar perícias e avaliações dos bens. Isso é comum quando há disputas entre os herdeiros sobre o valor de determinados ativos. Por exemplo, se os herdeiros não concordam sobre o valor de uma casa, pode ser necessária uma avaliação feita por um perito, que é um especialista no assunto. Os custos dessas perícias e avaliações são normalmente suportados pelos herdeiros. No inventário extrajudicial, as perícias e avaliações também podem ser necessárias, mas os custos são geralmente acordados entre as partes.
O processo de inventário é uma etapa crucial para garantir que os bens de uma pessoa falecida sejam devidamente divididos entre seus herdeiros. Tanto o inventário judicial quanto o extrajudicial envolvem diversas despesas, incluindo honorários advocatícios, custas processuais, emolumentos cartorários, certidões negativas e, em alguns casos, perícias e avaliações. Entender essas despesas é essencial para planejar adequadamente o processo de inventário.
É importante lembrar que os valores e procedimentos podem variar significativamente de acordo com a jurisdição e a complexidade do inventário. Portanto, sempre consulte um advogado especializado em direito sucessório para obter orientação específica sobre as despesas e processos aplicáveis à sua situação.
Em resumo, compreender as despesas envolvidas no inventário ajuda a planejar melhor e garantir uma divisão justa do patrimônio do falecido, respeitando os direitos de todos os herdeiros e seguindo a legislação vigente.
E lembre-se, um advogado especialista em direito sucessório pode lhe ajudar a minimizar esses custos. Mais informações? Faça contato comigo! Será um prazer lhe ajudar.